Às vezes, a saudade vem suave, escondida dentro de uma melodia antiga. Não pede licença. Apenas entra. Um acorde toca no rádio, ou numa playlist que você nem lembrava de ter feito — e ali, no primeiro acorde, você é transportado. A alma sabe o caminho. O coração também. E você volta. Volta para a cozinha com cheiro de tempero e carinho. Para a toalha de mesa com florzinhas. Para o barulho do rádio ligado bem baixinho na sala. Para os chinelos arrastando no chão. Volta para o abraço de mãe — aquele que não precisava de palavras, só de presença. Aquela presença que curava até o que a gente nem sabia que doía. Há uma memória que vive no corpo. Ela não se apaga com o tempo. Ela está no gosto das coisas simples, no cheiro de roupa limpa, no jeito de dobrar os panos de prato. Está no gesto automático de cuidar de alguém, no impulso de proteger, no reflexo de dizer “leva um casaco”. Essas coisas pequenas, que pareciam bobas, eram — e ainda são — manifestações de um amor tão sagrado que a g...
O blog de Michele Correia Sensitiva®️ é um espaço onde a intuição se encontra com a nostalgia, explorando o aprendizado nas memórias e dos sentimentos mais profundos. Aqui, cada post é uma jornada emocional que mistura sabedoria ancestral e lembranças afetivas, convidando você a reconectar-se com sua essência e a descobrir o que o universo tem a revelar sobre seu caminho.